domingo, 12 de agosto de 2007

Mal Educado

Escutou "The World is Mine" e brotou-lhe um sorrisinho sacana, daqueles de canto direito da boca. Passou outro dia na livraria e deu uma olhada na orelha do tal do "O Segredo" e teve a certeza de poder escrever um livro de auto-ajuda bem menos brega. Lembrou de como era gostoso conquistar as pessoas simplesmente por ser quem era. Ontem à noite, antes de dormir, rezou. Agradecia por todas as coisas boas for free na vida, pois eram sempre numerosas e intensamente agradáveis. Arrogância? Não. Pra ele era simplicidade de caráter - assim como era homem o suficiente pra assumir que chorava quando a vida sufocava, quando sabia que tinha errado, magoado, corrompido, também sabia que não era pecado enxergar seus predicados. E, todo dia, ao ir para o trabalho, entre uma conferida na gravata e uma bagunçada no cabelo, no espelho quebrado, tinha visões do que era o terror do derrotista, a angústia do lamurioso, a inspiração do rebelde, o problema do moralista, a felicidade do invejoso e a sina do vencedor. Que absurdo! Era mesmo um mal educado! Os pais do garoto não lhe ensinaram o que era o impossível.

Um comentário:

Unknown disse...

Não lembro quem disse que quando escrevemos, colocamos nossa alma no papel.
Minha alma está em papeis de pão á lençóis.
Estará a sua na tela do meu computador?
Ou é apenas mais um história de um primo distante...